domingo, 3 de abril de 2016

Mais um ponto na história.


Dificilmente o antigo morador do Educandário Dom Duarte, ou dos arredores do colégio, irão dissociar de suas memórias, os buzões laranja da viação Castro.
Tirando a CMTC, que pertencia à prefeitura, a Castro era a única linha que servia os moradores da região e ficou marcada como uma empresa forte, em tempos de greve geral a Castro não parava.
Mais que um simples condutor, os motoristas tinham a obrigação de serem pilotos.
Nesse tempo, a rodovia Raposo Tavares não contava com os retornos, que hoje estão localizados no Kilômetros 15 e 20.
Era uma pista de alta velocidade, na altura do km 21, alguns metros além de FEBEM, havia um espaço no guard rail, entre as duas pistas e esse era o único jeito de se passar de uma pista a outra.
Lá pelo km 18, o motorista começava a acelerar, todos torciam para que nenhum carro estivesse na pista contrária, em altíssima velocidade se fazia uma curva rápida e entrava no buraco, isso fazia o ônibus ter uma grave inclinação, quase chegando ao tombamento, às rodas da parte esquerda saiam do chão e os usuários pendiam pro lado direito, assim que as rodas se ajeitavam, o primeiro ponto era o da FEBEM, daí em diante, uns seguiam até a FOSECO, indo pra Vila Borges e outros subiam a Flamengo, chegando ao Jd Arpoador e João XXIII.
Então, chegar a casa não era um simples passeio, era uma aventura.

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