sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Meu colégio


foi em Janeiro de 1977, numa manhã de frio que a Kombi da Casa de Infância do Menino Jesus nos trouxe, eu, meu irmão Nilson, o Hélio, o Donizeti e o Fabiano.Aparentemente uma simples troca de orfanatos, completamos 10 anos e fomos remanejados(esse era o termo técnico, próprio para o nosso caso).Éramos todos órfãos e como tal, tínhamos um dono, o Juizado de menores da capital, sob os cuidados da Liga das Senhoras Católicas.
Lembro de ser uma terça-feira gelada e que eu tremia mesmo era de medo, sempre tinha medo do que eu não conhecia, na noite anterior havia dormido num lugar que eu tinha me acostumado a chamar de lar, desde que minha mãe nos abandonara em casa de uma amiga e não mais voltara para nos ver eu estava nesse orfanato, sabia que eu iria para o Educandário Dom Duarte, assim que eu completasse 10 anos, mas torcia para que nunca chegasse esse dia.
Em lugares onde predomina uma população masculina, tem-se, por hábito a prática do canibalismo, ou pra ser mais direto, onde não existe mulher, é praxe o mais fraco fazer as vezes de...(Todo mundo pensa que o maior medo de um órfão é viver sozinho...grande engano, ser violado traz marcas que perduram pro resto da vida, acaba com a moral da criança e faz com que ela crêsca sem estima e segurança.
É fato que muitas crianças já tem tendências ao homossexualismo e isso não passa de mais um estimulo,mais maluco...comigo não, eu tinha um plano na manga da camisa.

Um comentário:

  1. Meu camarada que recordações..... eu fui criado na casa da infância de 68 a 72 pois fui para o EDD de 73 a 78, quando vc chegou em 77 eu ja estava terminando o SENAI, que fiz la no Ipiranga , do lado da casa da infância, fui criado no pavilhão 15 depois fui para o 19, faço de suas memorias a minhas , devo toda minha educação profissional e pessoal aos irmãos, Simão, titão, Augostinho, Domingos e outos que não vem na memoria. Alguns poucos tomaram caminhos perigosos, mais muitos de nós superamos e crescemos criamos nossa famílias e podemos contar nossa historia.
    foi um prazer encontrar essa Memoria do EDD Tão real narrada por vc.
    Um forte Abraço.

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