sexta-feira, 8 de abril de 2016

O papel de paredes


Essa foto do pavilhão 24 roubei na maior e fiz dela, capa do meu blog.
Suponho que ela tenha sido feita pelo amigo Chêpa, no mesmo dia que fui visitar o colégio pela última vez.
Quem vinha da curva da igreja, tinha essa visão panorâmica, se via num plano mais alto e havia uma fileira de pavilhões, o primeiro da fila era o 24 e, se podia vê-lo de lado, imponente mesmo, feito um papel de parede.
Quando cheguei ao Educandário Dom Duarte, integrava uma turma, ela era constituída de meninos vindos da Casa de Infância, nos reuníamos pra relembrar a antiga morada e passear em todas as áreas e aprontar.
Sempre alertas, ao ouvir o barulho peculiar do fusquinha do irmão Domingos, saíamos da estrada e nos escondíamos no mato.
Vinham, eu, o Oscar do 14 e o Fabiano do 12 e juntavam a turma, o Paulo e o Valdir Lustosa descíamos a estrada e a turma ia aumentando, do 21 vinham o Xodó, o Ratinho e o Djalminha, do 19, vinham os Alaor e o Sena.
Quando não saíamos em aventuras, ficávamos de bobeira no lago da olaria ou batendo bola no campo de cima.
Sempre a lembrar com saudades da madre Brasil, todos a dizer que ela tinha uma predileção por cada um deles, tudo mentira deles, ela gostava mesmo era de mim.
Essas aventuras aconteceram em quase todos os fins de semana do ano de 1977 e a turma foi desfeita no começo de 1978, quando o Alaor foi vítima daquela tragédia que ficou na história do EDD.

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